Roteiro de 2 dias em Viena.

Já que entramos na onda de roteiros, a pedido de várias famílias, passámos de Paris directamente para Viena. E nem é uma mudança tão abrupta, porque a cidade tem uma imponência arquitectónica e uma vida cultural que rivaliza com quem quer que seja.
Preparei então um roteiro de dois dias pelo centro da cidade, para explorar os seus pontos mais turísticos que giram em torno de dois momentos chave: A permanência da corte imperial Austro-Húngara e do seu apogeu com o Imperador Francisco Fernando e a sua esposa, a mais famosa Imperatriz, Sissi. E o surgimento do movimento artístico da Secessão, em finais do século XIX, liderado por Gustav Klimt.

Dia 1: Começamos numa das extremidades da RingStrasse - o nome que se dá ao conjunto de avenidas que circundam o centro da cidade -, junto à Votivkirche e da zona verde envolvente e caminhamos em direcção ao Parlamento austríaco, nessa avenida, mandada cosntruir de raiz pelo Imperador Francisco José, podemos encontrar nada mais nada menos que o antigo edifício da Universidade de Viena, a Rathaus - Câmara da cidade -, ou o BurgTheater, acabando a caminhada junto ao Parlamento onde deixámos a Ringstrasse e começamos a caminhar em direcção ao centro da cidade até encontrar o complexo do Hofsburg.
O Hofsburg foi a residência oficial dos Habsburgo entre 1278 e 1918 e neste momento alberga a Escola Espanhola de Equitação, a Biblioteca Nacional - ambas permitem visitas - o gabinete do presidente austríaco e ainda uma série de alas do palácio abertas ao público como museu. Os State Apartments e a exposição que albergam sobre a vida da Imperatriz Sissi da Áustria foi uma das minhas favoritas, recomendo a entrada. Ao terminarem a visita ao palácio comecem a embrenhar-se no centro da cidade até chegarem à Stephanplatz, onde a imponente catedral, StephanDom, de telhados verdes se destaca assim como a estátua dourada no centro da praça contígua, a Wiener Pestsäule.
Daqui sai novamente em direcção ao Ringstrasse uma das principais ruas comerciais, pedonal, a Kärntner Strasse. Façam-na até ao final, onde vos aparecerá à direita a Ópera de Viena, tentando fugir da maioria das montras para não gastarem ali todo o dia, e a carteira para o resto das férias. Chegando à Ópera vão até à bilheteira e vejam se o que pouparam nas compras permite comprar bilhetes para algum espectáculo em cena durante os dias que vão estar na cidade. Certamente será uma oportunidade única. Para terminar o dia, dirijam-se ao Museu Albertina, na parte de trás da ópera, e aproveitem alguma das exposições temporárias que alberga, costumam ser óptimas. Já lá vi uma exposição de Matisse e outra de Monet e Picasso, não costumam fazer a coisa por menos. :)

Dia 2: O segundo dia começa quase onde acabou o primeiro, perto do Museu Albertina e dos Palácio Hosfsburg, na Marie-Theresien-Platz, onde se encontra a estátua desta outra Imperatriz Austríaca. Aqui temos o Museu de História Natural e o Museu de História da Arte de cada um dos lados da praça, o exterior dos edifícios já justifica a passagem, mas mesmo que não queiram visitar as colecções permanentes, entrem no Museu da História da Arte e subam até à cafetaria, os painéis que se vêem nas paredes ao subir a escadaria são inconfundivelmente Gustav Klimt, e será um bom início para o dia -actualização, não é possível subir as escadas, nem para tomar um café, sem comprar bilhete para o museu. -. Do outro lado da praça está o novo complexo de museus - MuseumQuartier - entrem para conhecer o espaço exterior, visitar a loja que é óptima e ver as exposições em cartaz, poderão lá voltar se tiverem mais tempo na cidade para ver alguma exposição interessante que esteja a decorrer. Saiam depois para a parte de trás do complexo e cruzem o bairro de Marienhif, também bastante comercial, mas num registo um pouco mais cool e alternativo, até chegar à zona do Naschmarkt, o mercado de frutas legumes e comidinhas variadas onde podem aproveitar para almoçar se o programa do dia estiver a correr bem.

Daqui sigam até ao edifício da Secessão, a couve dourada como os vienenses carinhosamente lhe chamam. Foi construído em 1897 como manifestação cultural do Movimento da Secessão (um ramo da Art Nouveau) e tem, pintados nas paredes da sua cave, frisos de Klimt que podem ser visitados. Terminada esta visita, e a caminho do Palácio Belvedere, vão passar pela Karlskirche, vale a pena entrar e subir à cúpula, para ver de perto (mesmo de perto) os frescos pintados no seu interior.
Daqui dirijam-se então até aos jardins do Palácio Belvedere, que num dia bonito podem render óptimas fotografias. O palácio inclui uma exposição permanente de pintura com variados nomes impressionistas e uma série de pinturas do mais aclamado pintor da cidade, Gustav Klimt, entre os quais se encontra a sua obra-prima mais famosa, o Beijo. Não percam esta visita por nada.

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