Irlanda, dicas práticas: Aeroportos, transportes, tours e alojamento

Ora, então vamos lá aquele post que ajuda todo e qualquer viajante desesperado por informação no maravilhoso mundo da internet. Tudo o que precisam saber para a vossa viagem ser mesmo um sucesso, sem surpresas a meio do caminho.
Aeroportos:
A Ryanair é irlandesa, e apesar do aeroporto de Dublin não ser o maior de sempre é quase o hub da low cost mais famosa da Europa, por isso há imensos voos a chegar e a partir de lá a todo o momento para quase toda a Europa, já que para além da Ryanair também opera com as companhias regulares num aeroporto único, de dois terminais. 

Foi a nossa opção de entrada na Irlanda pois conseguimos para qui muito melhores horários e preços do que voando para Belfast, que tem dois aeroportos, o Internacional e o George Best, boas opções se voarem a partir do Reino Unido. O aeroporto de Dublin não fica muito longe da cidade e há duas companhias de autocarros que fazem ligações regulares ao centro da cidade. Ficam mesmo à vossa frente, à saída do terminal - difícil não ver. Nós usamos a Airlink e o bilhete de ida e volta custou 10 euros (mais detalhes aqui). Cerca de meia-hora até ao centro, dependendo do trânsito e da paragem em que saírem.
Transportes:
Chegados ao centro de Dublin fizemos tudo a pé. Há autocarros urbanos na cidade e parecem cumprir bem a função, podem inclusivamente apanhar um deles para ir até à Guiness Store House que não é propriamente no centro da cidade, mas também não é tão longe assim, a pé aproveitam para conhecer melhor a cidade até lá chegar.

Para se locomoverem pelo país, e no nosso caso para ir de Dublin a Belfast, optamos pelo comboio. As estações (Connolly Station em Dublin e Central Statio em Belfast) são walking distance do centro, a ligação é rápida e eficaz e o serviço a bordo (cafeteria e wi-fi) sem reclamações. Sugiro que comprei o bilhete online (aqui), porque nós tivemos um problema com o cartão de crédito para efectuar o pagamento online e acabámos por deixar para comprar por lá e foi má ideia, foi mais caro!
O centro de Belfast, para onde fomos de seguida, também é bem compacto e fizemos facilmente a pé. No entanto, aqui há algumas atracções um pouco afastadas da cidade como o Parlamento ou o Titanic Quartier, nas docas, e a melhor opção é mesmo apanhar um autocarro e não ir a pé. Nós fizemos um tour hop-on hop-off que nos levou até todos esses locais, o que nos faz entrar no próximo tópico.
Tours:
O objectivo principal da viagem era fazer a Antrim Coastal Route, até ao norte da ilha e visitar a calçada dos gigantes. Se não tiverem o menos problema em conduzir do outro lado da estrada o que sugiro é que aluguem mesmo um carro. 

A estrada está muito bem sinalizada, o piso é bom, não há muito trânsito, não terão problema nenhum em fazer o passeio por conta própria, e têm a vantagem de andar ao vosso ritmo e parar sempre que quiserem. Se, tal como eu, deixaram de ser maçaricos (uma vez maçarico, maçarico forever!) há pouco tempo e acham que se calhar começar já a conduzir em contra-mão não é boa ideia, reservem um tour. Nós pesquisamos bastante e acabámos por optar pela empresa Beslfast City Sightseeing, a dos autocarros vermelhos que tem hop-on hop-off espalhados pelo mundo. O preço era bastante convidativo já que por trinta libras tínhamos um tour de dia inteiro que passava em todos os locais que queríamos ver e de brinde um bilhete de 24h para o hop-on hop-off em Belfast. O tour correu lindamente, foi realizado pela empresa McCombs - é comum as agências juntarem clientes - não houve grandes atrasos e conseguimos ver tudo a que se propuseram e deixar-nos tirar milhares de fotografias em cada uma das paisagens encantadoras que víamos pelo caminho. O tour de bus pela cidade, foi prático para ver o que ficava mais longe da cidade, acabámos por sair apenas no Titanic Quartier mas como visita guiada - pelo menos para mim - não foi nada útil. Não sei se já tiveram oportunidade de ouvir o sotaque Irish mas o do nosso guia era tããããão cerrado que eu não pesquei nada! O que foi uma pequena, porque aparentemente ele falou da históra da cidade, das lutas entre protestantes e católicos, da história dos bairros de trabalhadores por onde passamos. Enfim, coisas que eu gostaria de ter ouvido e entendido.
Alimentação:
Para além do óbvio, bebem muita cerveja que foi isso que foram lá fazer, ahah, os pubs são um clássico que têm mesmo de experimentar. O ambiente é incrível, a comida não é aquela especialidade, principalmente se vierem de Portugal, mas há sempre aqueles clássicos, as salsichas com puré, os assados, as pies - comida uma óptima, fish and chips, costelinhas, muitas batatas fritas, umas sopas bem consistentes que alimentam para meio dia. Enfim, ninguém passa fome, e têm sempre a hipótese de começar com um pequeno almoço daqueles de arromba com direito a ovos, feijão, tomate, bacon, salsichas, e sabe deus mais o quê que eles comem logo pela fresca. Como em Belfast havia mercadinho de Natal, ainda nos vingamos por lá nas barraquinhas de rua a comer muitas outras coisinhas boas.
Alojamento:
Este é sempre um tópico muito pretendido, e claro que eu estou aqui para salvar a vossa viagem, cheia de sugestões para dar. Foram três noites de viagem, e três hotéis diferentes! Os meus critérios de selecção são sempre três: quarto privado com casa de banho, localização e pontuação do Booking.
Portanto em Dublin ficamos em:
Blooms Hotel
Já tinha ficado neste hotel quando estive a primeira vez em Dublin há imenso tempo atrás, mas nem me lembrava do nome, só me apercebi da coincidência quando lá cheguei. A localização é a maior vantagem, já que fica em pleno Temple Bar, com um dos pubs mais conhecidos, a VatHouse, no rés-do-chão. Os quartos são simples mas ok, o serviço foi bom, tem rede wi-fi em todo o lado e voltaria lá a ficar. O maior problema do hotel, é também pela localização, ao fim-de-semana dificilmente alguém sensível ao barulho conseguirá dormir muitas horas, porque a agitação noturna é mesmo naquelas ruas, e o isolamento não é tecnologia de ponta. Fiquei lá de quinta para sexta e o barulho não me incomodou, mas sei que isso pode ser um problema para algumas pessoas.
Backpackers D1Hostel
Na noite em que regressamos a Dublin o Blooms estava com uns preços mais ou menos loucos (sábado à noite, movida, pimbas!) e tive de ir atrás doutra opção. 
No meio da desgraça há sempre maneira de rir. O espelho
do nosso quarto no Backpackers D!Hostel era novinho
em folha. Ainda estava embalado.
Como íamos chegar tarde comecei a procurar não muito longe da estação e encontrei este Hostel. A localização é boa, a 10 minutos a pé do centro, na zona mais comercial da cidade, perto da estação e com muitas opções de cafés e restaurantes também nas imediações. Como plus posso também dizer-vos que o pessoal foi impecável já que o recepcionista foi a casa buscar o carregador do telemóvel dele para me emprestar já que eu não tinha um adaptador extra para pôr o telefone. A rede wi-fi funcionava bem. Mas as vantagens do hotel acabam aí. Ahaha, é um ambiente muito hostel num prédio bem antigo (e velho!), estava tudo em bastante mau estado. Foi ok para passar uma noite, porque realmente estava tudo caríssimo, mas não é local que recomende vivamente.
Em Belfast:
ETAP Hotel
Em Belfast o alojamento é bem carinho e esta foi uma opção segura para quem não queria gastar muito dinheiro, já que os hotéis ETAP são uma linha low cost da cadeia IBIS, o que é sempre uma opção mais segura. Está localizado a uns 10 minutos de caminhada do centro o que foi perfeitamente ok para nós, o quarto era pequenito mas com tudo o que faz falta, rede wi-fi em todo o lado, uma zona comum, junto à recepção ampla, com mesas para trabalhar, computadores, sofás, máquinas self-service de bebidas frias, quentes, comida. Uma recepcionista portuguesa muito simpática. Ficaria lá de novo e recomendo.

(Se marcarem algum deste hotéis pelos links que deixo aqui, vocês não pagam nada mais por isso, e eu recebo uma pequena comissão, que para já talvez dê para tomar café, mas que se vocês forem muitos um dia que pode mandar para uma ilha tropical, à sombra de uma bananeira - e depois poder contar-vos tudo a tempo inteiro, claro! Obrigada)
Dicas extra: e importantes, para que não acabem a noite (ou o dia!) na esquadra. É proibido beber na rua tanto na República da Irlanda como na Irlanda do Norte. Há avisos em alguns locais, mas noutros não- Por isso se vão na Primavera e até acham que era a melhor ideia de sempre comprar uma sanes e uma cerveja e ir comer para o banco do jardim, esqueçam! Comprem um sumo.

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